sábado, 27 de dezembro de 2014

(CONTRA REVOLUÇÃO DE 31 DE MARÇO DE 1964) Vejam hora a hora momentos que antecederam o contra golpe de 1964.

 

QUANDO VIU QUE A SUA TENTATIVA DE GOLPE CONTRA O ESTADO DA GUANABARA TINHA DADO ERRADO ,JANGO E FAMÍLIA  DEIXAM O BRASIL, (FOGEM) PARA UM PAÍS DA AMÉRICA DO SUL

Na verdade foi realmente um contra golpe, porque o presidente da republica estava ao lado de grevistas e arruaceiros que tentavam parar a nação com greves e arruaças. Não restando outra alternativa do governador do estado  da Guanabara Carlos Lacerda ,do que ,prender os responsáveis pelas greves e arruaças, isso fez com que o Presidente Jango, tentasse destituir por meio da força um governador legitimamente eleito, pelo o povo,e que no qual tinha total apoio popular contra aqueles que queriam parar o Rio de Janeiro (ANTIGO ESTADO DA GUANABARA)parando com o meio de transporte mais popular da época os trens urbanos. Por isso 31 de março de 1964 ficou conhecido como contra -revolução nos meios militares ,porque o presidente tentava prender um governador Legitimo, e quem acabou destituído foi o autor do ato de mandar prender o governador. Lenilson Marcos                                                                                                                                                                                                   A batalha do Guanabara. 

Durante um dia e uma noite, o Palácio da Guanabara e o Governador Carlos Lacerda foram nomes que representaram a resistência democrática na chamada capital cultural e políticado País. Ninguém pregou olho. As horas transcorreram em regime de sentinela bem acordada, até que a vitória se desenhasse no céu do Rio. O dia 1° de abril estava claro. Às 7,55h, o Governador Carlos Lacerda recebe o Manifesto dos Generais, que iria ser lido após o hasteamento da Bandeira Nacional, às 8 horas, através da Rádio Inconfidência, de Minas Gerais. Às 8,30 h, Juracy Magalhães entra em Palácio e conferencia com Carlos Lacerda. Às 10,45h, o presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Vicente Faria Coelho, chega e conferencia com o Chefe do Executivo. Às 13,15h, entra em Palácio o Sr. Armando Falcão. As notícias se aceleram. Às 16 horas, há o momento de maior emoção para o Governador Carlos Lacerda: tanques do Exército, que se encontravam no Palácio das Laranjeiras, estão agora guarnecendo o Palácio da Guanabara. O Chefe o Executivo carioca, ao ouvir a notícia, chora e exclama:- Graças a Deus! Deus está conosco!Às 19 horas do dia de temor que era o 31 de março a Rádio Jornal do Brasil é invadida por um grupo de fuzileiros. Armados de metralhadoras, equipados para uma batalha. Motivo alegado para a invasão: divulgação de uma nota em que se dizia que o General Humberto Castello Branco se reunira com diversos oficiais-generais no Ministério da Guerra. O Ministério, àquela altura, era tido e havido como reduto do Govêrno Federal. A Rádio, daí em diante, passou a transmitir apenas noticiários internacionais, em seus programas noticiosos. Pouco mais tarde, naquela mesma noite, 200 soldados tomavam conta da Central do Brasil, que aderira à greve da Leopoldina. Na Avenida Presidente Vargas, o povo, que sem condução se concentrara em frente ao monumento ao Duque de Caxias, esperava ordeiramente os poucos caminhões que faziam o tráfego para o subúrbio.Resultado de imagem para governador carlos lacerda armado com uma metralhadora na contra revolução

Cidade. Dia de cada um. 7 horas. Extensas filas se formam em frente às casas comerciais. Padarias, botequins, grandes mercearias e supermercados têm seus estoques esgotados. Lataria é o primeiro tipo de gênero que se acaba, entre o correr dos boatos nas filas. O saque não deixou de dar o ar de sua graça: a filial das Mercearias Nacionais, instalada nas proximidades do Parque Proletário da Penha, é assaltada por um grupo de favelados, quando os operários arrumavam (sem saber que estavam fazendo um gesto para entrar na história da sobrevivência) latas de conserva nas prateleiras. Um saqueador foi ferido pelas balas da guarnição da polícia estadual, que compareceu.Estamos em pleno 1º de abril, que desta vez não foi motivo de brincadeiras. 10 horas. Avenida Presidente Vargas e Rio Branco com muita gente em seu cruzamento, procurando apanhar carona para os seus bairros para os seus bairros da Zona Norte, em face da greve geral dos transportes coletivos da cidade. Nas esquinas, piquêtes nitidamente esquerdistas e antimilitares, que dominaram a Cinelância até às 14 horas. A sede do Diretório Regional do PTB, na Cinelândia, ampliava, por seus auto-falantes, a pregação revolucionária, incitando os populares a invadirem o Clube Militar, na esquina da Rua Santa Luzia.Os tanques do Exército estavam no Largo do Machado. No Palácio da Guanabara, o Governador Carlos Lacerda se mantinha em calma e em expectativa. Todo o secretariado presente. Eram 18,30 h do dia 31 de março.O feriado escolar, depois de estudado, teve sua decretação feita às 23 horas. Cêrca de 300 oficiais das diversas armas se dirigiram para o Guanabara, a fim de solidarizar-se com o Governador. Meia-noite: sabe-se do movimento de tropas de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro. Junto à Igreja, um foguete (antitanque) é montado em longarinas de asa de avião. Aos 5 minutos chega o Senador Artur Bernardes Filho. O Governador se mantém em vigília e fala com o Jornalista Jules Dubois, de Miami, Estados Unidos, e dá a notícia da adesão do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Lacerda sai aos 35 minutos, acompanhado apenas pelo general Mandim, responsável pela segurança de Palácio, e inspeciona, até aos 55 minutos, os arredores. A uma hora da manhã, começaram a cortar os telefones da linha 25, que serve ao Guanabara, mas continuaram a funcionar três da linha 45,que passaram a ser utilizados pelo Governador. Às 2,45 h, corre em Palácio a notícia de que os fuzileiros navais iriam atacar. A expectativa prossegue até às 5 horas, quando entram mais 30 generais do Exército. Às 6,30h, nova notícia promoveu atitude semelhante, logo relaxada por saber-se que se tratava de um rebate falso.O carnaval da vitória Foi uma reação em cadeia. Anunciada a viagem do Presidente a Brasília e a vitória das fôrças revolucionárias, milhares de pessoas saíam às ruas, gritando, pulando, discursando tamém, num verdadeiro carnaval.Resultado de imagem para fuzileiros navais abandonam jango no palacio laranjeiras Grupos mais exaltados e tomados de fúria incendiaram o prédio da UNE, na Praia do Flamengo, quando os dirigentes comunistas da entidade já haviam desaparecido e abandonado a sua trincheira. Os mesmos grupos depredaram e incendiaram a Ultima Hora, na Praça da Bandeira. Isso foi um pouco de vingança e excesso condenável, pois a massa, o povo carioca, queria apenas viver aquelas horas de vitória e não vingar-se daqueles que tinham sido vencidos.       A  GUERRA DA GUANABARA HORA A HORA   Reportagem da equipe de “O Cruzeiro”