EM POLÍTICA, OS ALIADOS DE HOJE SÃO OS INIMIGOS DE AMANHÃ.(Nicolau Maquiavel) // Gen Bda Paulo ChagaS
Caros amigos
Já disse várias vezes que não me oriento pela intenção de agradar a quem quer que seja. Escrevo e digo o que penso, com a coerência e com a clareza possíveis. Respeito a opinião de todos que me honram com a sua atenção e que me enviam comentários respeitosos e coerentes, mas não oriento o meu pensamento, nem as minhas atitudes pelo agrado ou pelo desagrado dos que o fazem. Prefiro colher ensinamentos da coerência do que leio e ouço.Não sou uma "metamorfose ambulante", como Lula da Silva, mas não me envergonho de mudar de ideia quando convencido por argumentos ou evidências.
Sobre João Dória, por exemplo, escrevi que é um empresário de sucesso, que não fez carreira na política, que, embora a sua gestão na prefeitura de São Paulo ainda não tenha ultrapassado as questões cosméticas da cidade, tem propostas e atitudes liberais que não o atrelam às posições do "tucanato" em geral.
Acrescentei que ele é inimigo dos maiores inimigos do Brasil - Lula e o PT - e que não poupa críticas às pessoas e aos agrupamentos e movimentos ideológicos que eu critico.
Todavia, corre nas redes sociais a notícia de que a Prefeitura de São Paulo, cumprindo uma decisão da Comissão da Verdade do Município, tomada e aprovada durante o governo do petista Fernando Haddad, irá homenagear terroristas mortos durante a luta armada e colocará seus nomes em cemitérios da cidade. Segundo me foi dito, é algo que não conta com a aprovação do Prefeito, mas que, por força de lei (sic), não pode deixar de ser cumprido.
Por outro lado, sempre cabe uma ação na Câmara de Vereadores, onde ele tem uma sólida base de apoio, para sustar (ou pelo menos tentar sustar) esse escárnio à sociedade paulistana que ainda sofre as consequências da gestão incompetente e corrupta de Fernando Haddad.
Até agora não tenho conhecimento de nenhuma iniciativa nesse sentido por parte de Dória, o que, somado à sua recente declaração de que a Justiça é soberana para decidir sobre a condenação de Lula da Silva, mas que deve ter a “sensibilidade” de não sentenciá-lo durante o processo eleitoral, me obriga a repensar a sua condição "amigo político".
Não tenho dúvida de que, estrategicamente, a hora é de somar e não de dividir, contudo, como disse Maquiavel, "em política, os amigos de hoje são os inimigos de amanhã" e, ao prevalecer a omissão face ao rebatismo dos cemitérios e a "sensibilidade" em relação a prisão de Lula, restará crer que a "gestão" de João Dória na Prefeitura de São Paulo não deverá mesmo ultrapassar o nível da maquiagem e que, aplicando o ensinamento de Maquiavel, o amanhã é hoje!
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